Apesar de viver um personagem leve e engraçado na novela de Walcyr Carrasco, Miguel confessa que sentiu um "frio na barriga" quando soube que o novo papel seguiria a linha cômica. "Fiquei bem nervoso porque saí do drama para a comédia, mas o Jorge Fernando me ajudou a compor um personagem carismático", revela. Adolescente tímido e desajeitado e que nutre um amor platônico pela melhor amiga Bianca, papel de Isabelle Drummond, o personagem de Miguel não é o mocinho típico dos folhetins. "O Felipe é bobo, mas de grande coração. Ele é um modelo de filho para as mães, mas não de um namorado para as garotas", define.A sintonia entre Felipe e Bianca é resultado do bom relacionamento entre os atores. Miguel e Isabelle já trabalharam juntos anteriormente em 2005, no especial de 40 anos da Globo, "A História de Rosa". "A gente se dá super bem. Eu admiro muito o trabalho dela, nós viramos uma dupla", conta o ator, que torce por um final feliz para seu personagem. "Gostaria que tivesse um beijo entre o Felipe e a Bianca. Seria legal se eles ficassem juntos", aposta.
Em "Caras & Bocas" você vive um papel de um adolescente nerd e um pouco atrapalhado. Como você se preparou para compor o personagem?
Não fiz o personagem baseado em ninguém. As pessoas diziam que o Felipe parece com papel de Jerry Lewis do filme "O Professor Aloprado", de 1963, mas o engraçado é que eu nem fazia ideia de quem era Jerry Lewis. No começo da novela, Felipe não tinha características de bobo, mas comecei a acrescentar alguns detalhes nele. Por exemplo, sugeri que o personagem usasse óculos. O Jorge Fernando, diretor geral, e a Marília Carneiro, que é a produtora de figurino, adoraram.
Você começou a carreira bem novo, aos 9 anos. Quando você percebeu que queria ser ator?
Eu só decidi que queria mesmo ser ator quando trabalhei na novela "A Favorita". Até então, não levava a carreira muito a sério, fazia mais por diversão. Criança gosta de brincar, quando você é muito novo ainda não sabe muito bem o que quer.
Com a rotina das gravações sobra pouco tempo livre. Como você faz para conciliar a carreira e os estudos?
Não vou dizer que é fácil, me esforço um pouco mais do que o normal. É só ter seriedade e dividir o tempo. Saber quando é hora de estudar para a escola, hora de estudar os textos da novela e hora de gravar as cenas. É bem difícil conciliar, mas no final compensa.
Com o fim da novela em janeiro do ano que vem, você tem algum outro projeto em vista?
Não tenho e não fico pensando no que vou fazer depois. Só fico pensando na novela até acabar, porque acho que no futuro vou colher bons frutos do que plantar agora. Vou primeiro acabar de gravar a novela para depois pensar em outros trabalhos.
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